sexta-feira, 16 de março de 2012

Saveiros voltam a ser destaque na Baía de Todos os Santos


A 4ª Semana do Saveiro, que começou ontem (15/03/2012) até o próximo dia 22/03/2012, tem como objetivo a divulgação e a preservação da identidade histórica e cultural dos saveiros de vela de içar. O evento, realizado pela Associação Viva Saveiro (www.vivasaveiro.org), trará uma vasta programação cultural, com exposições, passeios e regatas em Salvador.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Índios Pankarus são capacitados para fabricar embarcações


Da SECOM
Indígenas pescadores da tribo Pankaru estão sendo capacitados pelo Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), para a fabricação de embarcações, no Estaleiro da Fundação para o Desenvolvimento de Comunidades Pesqueiras Artesanais (Fundipesca), em Camaçari.

O curso começou na segunda-feira (5/03/2012) e, até a próxima sexta-feira (9/03/2012), os participantes receberão aulas sobre navegação oceânica, equipamentos náuticos, funcionamento e manutenção de motores, carta náutica, uso do GPS e manutenção de fibra de vidro. A capacitação é feita por meio do projeto “Escola Fábrica Comunitária”, do programa Pescando Renda, da Sedes, em parceria com o Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA) e o Fundipesca.

A ação tem como objetivo implantar cinco minifábricas de pequena embarcação de fibra de vidro, em local estratégico, onde há maior concentração de pescadores e pescadoras que utilizam pequenas embarcações para o deslocamento. Segundo Geraldo Aquino, coordenador do Pescando Renda, o resultado será uma maior autonomia e renda para os pescadores.

Além da tribo Pankaru, de Muquém do São Francisco, já foram capacitados indígenas da tribo Tuxa, de Rodelas; pescadores da Associação Beneficente dos Pescadores do Baixo Sul da Bahia, de Valença e Cairu; e da Cooperativa dos Pescadores da Baía de Todos os Santos.

No total, são 75 trabalhadores atendidos diretamente, e mais de mil famílias beneficiadas indiretamente. “Para nós é muito importante essa iniciativa. Assim, a gente tem o nosso próprio trabalho, nossa independência e podemos ajudar os outros”, comemora a cacique Isaura, dos Pankarus.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Golfinhos são vítimas de ações predatórias em Itaparica


Do Correio 24 horas
Em mais um ato de agressão ambiental registrado na Ilha de Itaparica, foi encontrado na manhã desta sexta-feira (22) um golfinho morto na praia de Gamboa. Segundo biólogos da Organização Socioambientalista PRÓ-MAR, o animal, da espécie sotalia guianensis, possuía diversas marcas na cabeça, que, na avaliação inicial feita, teria sido provocada por rede de pesca. Em outubro de 2011, seis golfinhos foram encontrados mortos na mesma região.

Para o mergulhador científico da organização, José Carlos, o mamífero, que tinha 1,90 de comprimento, 43cm de largura e pesava 42kg, teria morrido recentemente. "O golfinho estava com marcas na região da cabeça, até o tronco. Muito provavelmente o animal ficou preso em redes de pesca e não resistiu, mas somente com uma necrópsia para precisar", declarou. Foram coletados alguns dados do animal para serem enviados ao Instituto Mamíferos Aquáticos, antes de enterrá-lo.

Além dos golfinhos, as tartarugas marinhas também tem sido vítimas das atividades pesqueiras feitas de modo predatório. Desde o começo do ano, pelo menos seis destes animais, segundo a PRÓ-MAR, foram encontrados mortos nas praias da Ilha. De acordo com o biólogo Ricardo Miranda, a falta de consciência associada a problemas como o acúmulo de lixo são as principais causas do problema.
"Esses animais costumam ficar presos nas redes e acabam morrendo. Quanto maior a quantidade de redes, maior é a probabilidade de golfinhos e tartarugas serem capturados acidentalmente. O lixo da Ilha e, principalmente, que vem de Salvador, é umas das grandes questões a serem resolvidas. Os animais podem ingerir esse produtos. Fora que é um situação que coloca em risco a própria saúde pública da comunidade", explica.

Segundo ele, faltam mais investimentos públicos para melhorar as condições do local. "Precisa de mais catadores, da divulgação de mais informações. Os pescadores da Ilha aprenderem a sobreviver com a ação extrativista e mudar isso exige esforços maiores. Agora, queremos garantir pelo menos a limpeza das praias", afirma.